terça-feira, 8 de julho de 2008

O Poço

Joaquim Vieira da Costa,(falecido em 2003), na prospecção de um veio de água, através do processo de radiestesia, utilizando uma vara de videira. ( foto: década de 90)


Depois de marcado o local onde o veio era mais forte, ou onde existia o cruzamento de veios, era iniciada a abertura do poço. ( foto: década de 90)

Com mais de um metro de fundo, era necesário instalar o sarilho, para mais fácil remoção do entulho. ( foto: década de 90)
Teria de haver uma perfeita sintonia entre os que trabalhavam no fundo do poço e os que retiravam o entulho. Estes laboravam sobre uma plataforma de madeira que cobria cerca de um terço da abertura do poço. Faziam rodar o sarilho pelas "pombas"até que o zorro atingisse o estrado. Depois, um só trabalhador, com uma mão puxava o zorro para a plataforma, largando com a outra a pomba que suportava o zorro no ar. Teria de haver uma sincronia de movimentos, para que o zorro não caísse ao poço e pusesse em perigo quem estava no fundo. Enquanto se fazia esta manobra sempre perigosa, o trabalhador do fundo do poço escostava à parede do lado do estrado, com uma pá ou picareta no ar para assim melhor se proteger. ( foto: Cecília Endres, década de 90)

Zorro- caixa de madeira utilizada para extrair o entulho do fundo do poço. Poderia apresentar um reforço de arame nos locais onde encaixavam dois ganchos de ferro.

Zoro em latão utilizado na fase em que o poço já "dava água". Desta forma, retirava-se mais lama do que com o zorro de madeira que absorvia a água, tornando-se muito pesado. Além disso, com o "latão", o trabalhador do fundo não era tão sacrificado com a água que escorria do zorro. A tábua de madeira que se vê na fotografia servia de rampa, onde o latão poderia deslizar melhor, ao ser vertido o entulho para longe da abertura do poço.
( foto: Cecília Endres, década de 90)

Como se trata de uma zona granítica, a determinada profundidade era necessário dinamitar o poço, mesmo com a água a incomodar os trabalhos. Abriam-se os furos manualmente, com uma broca e depois colocavam-se as velas de dinamite, os fulminantes e o rastilho. Este deveria ter o cumprimento suficientes para que o trabalhador o incendiasse e tivesse tempo de ser puxado, com segurança. A foto mostra esta última fase, com o rastilho já a arder. ( foto: década de 90)

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