
( Foto: Arlindo Carneiro - Rio de Janeiro )
O barbeiro era um respeito na terra. O pescoço tinha de ficar direitinho para que a máquina não arrancasse uns cabelos e fizesse arrepiar os outros. Lá da minha infância, recordo uma unha enorme no dedo mindinho que parecia equilibrar a tesoura. Com a outra mão, ia ajeitando a cabeça da vítima, direita que nem um fuso, e ainda por cima de babete.
O barbeiro da minha infância era o Pinto Viana ou Pinto Barbeiro e aparava-nos o caco para os lados do Caminho Velho.