sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Milho que já foi rei

É cada cada mais reduzido o espaço para a cultura do milho, em Alpendorada, contrariamente aos tempos em que este cereal enchia as arcas de várias quintas. A broa de milho ainda se mantém nos hábitos alimentares, mas já não é feita com a farinha proveniente dos moinhos do Granjão, Vale do Covo e outros subaquáticos. Também os fornos caseiros, que laboravam semanalmente, com a ajuda do "crescente" religiosamente embrulhado numa malga, testemunho de gerações, só abrem portas, esporadicamente para uns assados.


Campo de milho numa quinta situada no lugar do Memorial. (2005)
Espigas, depois de uns banhos de sol durante aguns dias, prontas para serem malhadas.


A arca do milho e a rasa.



Para quem ainda se lembra, este era o momento que antecedia a introdução das broas no forno. Enquanto se aguardava que o forno perdesse um pouco de temperatura, colocavam-se uns bolos baixinhos, com uns bocaditos de toucinho de porco. Com a carne derretida, aí estava um pitéu! Outro bolo, como mostra a imagem, não levava carne. Tinha, sim, pó de canela espalhado no interior. Também era saboroso e, claro, mais saudável.

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